Troquei o tradicinal "post da meia noite" de ontem por uma conversa ótima com Pap´s e Claudia. Valeu.
E o de hoje de manhã por uma ida ao pronto-socorro para ver se acabava de vez com a novela do dedo inflamado (atenção meninas! alicate de cutícula também é arma!). Saldo do hospital: uma drenagem (bleargh) feita pelas mãos suaves do médico mais bonito do mundo. Saí no lucro pela quantidade de vezes que aqueles olhos azuis encontraram os meus.... (suspiro).
Não postei ontem por falta de condições físicas. Cheguei um trapo do cursinho.
Mas ontem aconteceu uma coisa muuuuito legal. Foi assim: resolvi dar uma olhada de novo no presente mais personalizado que já ganhei - o Álbum Multimídia de Memórias. Com direito a fotos, textos e música relembrando 11 anos de deliciosa convivência com uma das pessoas mais parecidas comigo (e portanto incríveis :) ) que eu conheço, a Mari. É claro que ela é também extremamente paciente, organizada - metódica, na verdade - e criativa, para fazer isso. Mas o fato é que ADORO os dois, ela e o álbum. E clicando as páginas, foi me dando uma baita saudade dela... E como num passe de mágica, passei a mão no telefone e... badabum! Fomos almoçar juntas. Assim, numa quinta-feira, num horário encaixado entre compromissos. Que delícia de almoço! Não só pela comida, mas pelo contexto....
Se é tão simples e delicioso assim, porque diabos não faço isso mais vezes ?!?!?!?
Já falei semana passada dos perigos a que estão sujeitos os indivíduos que convivem com a Maroca. Mas o que eu não falei é que ela tem uma irmã gêmea, a Lelê (que passaria muito bem por Lelé) que é igualmente danosa à mente dos seres humanos que a circundam. Ela é a compositora oficial das músicas-tema das pessoas estranhas da nossa classe (e olha que são várias...), e nas horas vagas arranja tempo para piadinhas inesperadas. Do tipo (na aula de biologia animal): "Alguém pode me dar um exemplo de método contraceptivo?" Como a Lelê não podia simplesmente ficar quieta, bradou em alto e bom som: "Sexo anal !!!". Desde este dia, eu e o Ricardo chegamos à conclusão que ela é conhecida no cursinho como "a menina do anal". Elegante, né?!? Hoje inventamos de tomar café na hora do intervalo porque estávamos meio sonadas depois de uma tarde (quase) inteira de estudos (quase) intensos. E aqui estou eu, meia-noite e meia, parecendo a formiga atômica de tão acordada, em uma casa que deve permanecer silenciosa. É tortura!
Ainda no tema feminino: O melhor presente que eu já ganhei até hoje foi do meu pai. Em 95, ele foi passar seis meses em Paris, estudando. E as mulheres ficaram aqui, sem nenhum testosterona para balancear tanto estrógeno - imagina a histeria no ar. Eu tinha quinze anos e ainda buscava (acho que ainda busco) o que era ser mulher. E quando ele voltou, me trouxe um livrinho de pinturas do J.W. Waterhouse, um pintor inglês cujo tema são figuras mitológicas/lendárias femininas. E o que mais me impressionou foi ver que as meninas-mulheres que ele pintava não eram perfeitas: às vezes o nariz é meio grande, ou os olhos meio separados demais... Mas todas tem harmonia de traços, e emanam uma sensualidade tranqüila. Acho que até hoje eu procuro ser uma mulher de Waterhouse.
O Márcio (meu quase irmão) me perguntou outro dia se eu gostava de ser mulher. A resposta foi imediata: seu eu tiver que reencarnar 1000 vezes ainda, escolho 1000 vezes ser mulher. Acho a sensibilidade, a complexidade dos sentimentos e a responsabilidade femininas únicas. Não que não existam homens com a alma complexa, pelo contrário, tá cheio por aí - mas normalmente diz-se que eles têm um lado feminino forte. Adoro ser mulher. Por isso não encano com aquela coisas chatas típicas, como fazer depilação ou menstruar. Essa última, por exemplo, eu prefiro encarar como um mini-milagre mensal para me lembrar que um dia vou criar uma vida dentro do meu corpo. Quer privilégio melhor?
E como eu estava conversando na festa, acho esse negócio de feminismo um saco. Eu não luto para perder o direito de ter a porta do carro aberta, o cigarro aceso ou ganhar passagem na escada. Claro que a igualdade de salários cairia bem... Mas não tenho vergonha de falar que, se eu casasse com homem rico, gostaria de ficar em casa parindo e criando rebentos. Mãe profissional full-time. Amélia mesmo, só que com empregada e faxineira para não gastar minhas mãozinhas delicadas com produtos de limpeza pesados... Hahaha! ;)
Agora, posições ideológicas à parte, essa cólica hoje tá me tirando do sério. Acho que escrevi esse post para convencer a mim mesma!
Quer coisa melhor? Domingão de dia dos pais no quintal. Churrasco, música brasileira, família e agregados, aniversário de duas leoninas radiantes, mesa de ping-pong no gramado e suco de pêssego (ainda tem muito sangue na minha tequila...) e uma luazinha crescente, como um pedacinho de unha cortada, acabou de chegar para animar a festa. Ê delícia...
Tema da noite:Teca com Tequila
Cenário:Art n´Pizza e Moai Lounge
Balada à base de:Pizza; papos variados (que sempre terminavam em sexo - "tá bom, mas fala de uma vez se o material é grande!!!"); um pouco de trânsito para trocar de cenário; muuuita Tequila; ótima companhia; flores de bixiga; samba-rock no pé até o dia clarear; e um mala tamanho container que não se cansava de levar fora!
